Por Silvio Luz
Mais uma entrevista com uma banda apresentada aqui na semana passada. Agora é a vez da Destilaria do Groove soltar a voz nestas entrelinhas, por meio do guitarrista Zanga Reis. No bate-papo, ele falou sobre o estilo da banda, os planos para o futuro e a importância dos ritmos latinos, entre outros temas. Confira abaixo. O próximo show está marcado para o dia 23/04, no Inferno Club.
Como foi a formação da Destilaria do Groove?
Zanga Reis - Em meados de 2003 eu fazia jams sessions na minha casa, na Vila Madalena, e os amigos músicos sempre apareciam, rolava cerveja, petiscos e muito som até altas horas, sempre tocando temas ‘groovados’, na maioria instrumentais. Foi quando meu amigo Paulo Ribeiro, o Alemão, resolveu montar a balada Diquinta. Ele me ligou e disse: "Faz essa jam no meu bar que estou inaugurando". Foi quando tocamos com o famoso Bocato do trombone. De lá para cá não paramos mais de tocar na noite, em festas, eventos etc.
O que é o selo e o espaço Urucum, no bairro boêmio da Vila Madalena?
Zanga Reis - A Urucum é nossa empresa, uma produtora na área de música, cultura e entretenimento. Contamos com diversas bandas além da Destilaria, que trabalham com estilos como samba, jazz, rock, MPB e outros. Temos um estúdio para gravações, na Pompéia, e o Espaço Urucum, reservado para eventos, festas e exposições, que fica na Vila Madalena.
Qual a importância da música latina no repertório da banda? Vocês têm canções próprias?
Zanga Reis - O nosso pianista Pedro Lahoz morou durante seis meses em Cuba, onde estudou piano e voltou apaixonado pelos ritmos latinos. Então ele colocou no repertório da Destilaria alguns temas como Cubancheiro, My Tumbao e Just Kidding, do Michel Camilo. Desde então, o restante da banda passou a adorar a música latina. Nós temos canções próprias como Casa do Zanga, De Onde Eu Venho e Tonel. No momento, estamos em fase de criação para compor temas novos e próprios.
Fale um pouco sobre o perfil do público que acompanha os shows do grupo.
Zanga Reis - O perfil do público é genérico, todo mundo que escuta adora nossa música por ser animada e de qualidade, além do tamanho da banda, que impressiona principalmente pelos metais. Agora o público que acompanha mesmo é formado por jovens de 20 a 35 anos, na maioria boêmios e, principalmente, moradores da zona oeste de São Paulo, onde o grupo se apresenta com mais frequência.
No repertório de vocês um dos grandes nomes é James Brown, considerado o pai do funk. Qual a opinião da banda, musicalmente falando, em relação ao funk brasileiro, ou melhor, carioca?
Zanga Reis - Tem funk brasileiro muito bom, como Tim Maia, Banda Black Rio, Farofa Carioca, Funk Como Le Gusta, entre outros. Agora em relação ao funk carioca, não nos agrada muito, por ser pobre musicalmente falando.
Quais são os próximos passos da banda? Pretendem lançar discos autorais?
Zanga Reis - Estamos em fase de pré-produção do nosso primeiro CD inteiramente autoral, e seguimos com nossa agenda de shows na cidade. O próximo será no Inferno Club.
Clique aqui para conferir as sonoridades da Destilaria do Groove no MySpace, e aqui para ler a resenha sobre a banda.
Dia 23/04.
Inferno Club - Rua Augusta, 501; (11) 3120-4140; www.infernoclub.com.br
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