segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vozes Femininas

Karina Buhr: originalidade e talento de sobra

Crédito: myspace.com/karinabuhr

Por Silvio Luz

O sotaque pernambucano é apenas um detalhe - marcante, diga-se de passagem - da cantora Karina Buhr, líder do grupo Comadre Fulozinha, e que, há pouco tempo, decidiu experimentar o gostinho da carreira solo. E está sendo bem sucedida. Nesta quinta (03/12), ela sobe ao palco do Centro Cultural São Paulo, no projeto Vozes Femininas, para apresentar seu disco inédito, lançado neste ano.

Sua banda não tem formação convencional e se destaca na nova produção musical brasileira. Sem guitarras e violões, as canções são construídas com baixo (Mau), bateria (Bruno Buarque), sopros (Guizado no trompete) e teclados (Dustan Gallas). Clique aqui para ouvir Karina Buhr no MySpace.

Um dos comentários da crítica atesta a autenticidade de Karina e o seu poder com os microfones. A jornalista Patrícia Palumbo diz: "Tem que ouvir agora mesmo Karina Buhr! Uma jovem compositora, cantora pernambucana e percussionista. Um encanto. Canta bonito, escreve letras únicas, tem uma sonoridade incrível, nova, original".

Dia 03/12, às 21h30.

Entrada franca.

Centro Cultural São Paulo - Rua Vergueiro, 1.000, Paraíso; (11) 3397-4002; www.centrocultural.sp.gov.br

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Perusferia - Artevismo no Beco

Beco da Cultura: graffiti e arte tranforma rua


Por Silvio Luz

O “Perusferia - Artevismo no Beco”, realizado pela ECOS e a Comunidade Cultural Quilombaque, é um evento cultural gratuito que mistura graffiti, shows, teatro, circo, feira de artesanato e levanta bandeiras pelo fim das violências. A intervenção de mais de 12 horas acontece no dia 05 de dezembro (sábado), das 9h às 22h, na Travessa Cambaratiba – que se transformará no Beco da Cultura –, em Perus, zona noroeste de São Paulo.

Mesclando Arte e Ativismo, por meio de variadas intervenções culturais, o Perusferia revitalizará a Travessa Cambaratiba (rua sem saída próxima à estação de trem Perus) - que atualmente é cenário de todo tipo de violência. A proposta do evento é promover a campanha dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. A campanha, de forte impacto no mundo, luta pela erradicação deste tipo de violência e pela garantia dos direitos humanos.

Travessa Cambaratiba hoje

Durante o dia, mais de 100 grafiteiros(as) de São Paulo e também de outros estados realizarão intervenções com graffiti nos muros de ambos os lados do Beco. A partir das 14h, diversas atrações vão tomar conta da rua, com shows de música, teatro, circo, dança, exposição, feira de artesanato, poesia e muito mais.

Entre as atrações convidadas estão Marechal (rap), DaMata (reggae), Amandla (rap), Cartel Central (rap), Sudaca (soul e blues), Inquérito (rap), Grupo Cultural Dandara (dança afro), Grupo Filhos de Abuaye (percussão), Literatura Suburbana e Elo da Corrente (poesia), Eli-Efi (rap), Trupe Liudes (circo) e discotecagens com Phone Raps e o DJ Hadji.

Sobre os realizadores

Ecos – Comunicação em Sexualidade

ECOS - Comunicação em Sexualidade é uma organização não-governamental com 20 anos de atuação consolidada na defesa dos direitos humanos, com ênfase nos direitos sexuais e direitos reprodutivos, em especial de adolescentes e jovens, com a perspectiva de erradicar as discriminações relativas a gênero, orientação sexual, idade, raça/etnia, existência de deficiências, classe social.

Comunidade Cultural Quilombaque

A Comunidade Cultural Quilombaque é um espaço criado por jovens do bairro de Perus, zona noroeste de São Paulo, em 2005, para abrigar diversas manifestações artísticas e culturais. Construindo um lugar onde as pessoas são livres para pensar e criar, a Quilombaque se reserva o direito de interferir no dia a dia do bairro e de seus moradores por meio da arte e da vontade de transformar e de apresentar novos significados. O espaço é aberto para todos que queiram contribuir com as manifestações culturais de Perus e região, com propostas, sugestões, ideias e muita arte. Através do resgate, da promoção e difusão da arte e da cultura brasileiras, a Quilombaque pretende contribuir para a mudança da realidade do bairro, que tem pouquíssimas opções de lazer.

AGENDA
Evento: Perusferia – Artevismo no Beco
Quando: 05 de dezembro de 2009
Local: Travessa Cambaratiba – Perus - (referência: estação de trem Perus - CPTM)
Horário: 9hs – 22hs – Gratuito

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Rabecas e violas

Tradição renovada: Siba, Roberto Corrêa e disco inédito

Crédito: myspace.com/sibaeafuloresta

Por Silvio Luz

Além do trabalho de anos com o grupo Siba e a Fuloresta, agora o pernambucano Siba (foto) se une ao mineiro-brasiliense Roberto Corrêa para lançar o disco Violas de Bronze, no Auditório Ibirapuera, em Sampa, nesta sexta (27/11), às 21h. No álbum e no show é possível conferir a junção da viola de Roberto com a rabeca de Siba, com a renovação da técnica e estilo de seus instrumentos.

Até o álbum ficar pronto foram oito anos de intenso trabalho para que o resultado final pudesse traduzir a fusão primorosa dos estilos de ambos os músicos, que imprimem em suas produções a originalidade das tradições brasileiras. Entre as composições do disco estão Caninana do Papo Amarelo e Jararaca Chateadeira, de Roberto, e Casa de Reza e Da Espera, de Siba.

Selecionado pelo Programa Petrobras Cultural, o projeto dá voz aos poetas populares e passeia pelas cantorias das violas mineira e pernambucana, brincando com os versos de forma descontraída e singular. A cultura popular agradece por mais este trabalho de peso.

Rabecas e violas

O release do Auditório Ibirapuera sobre o show traz uma pequena contextualização com a história da rabeca e da viola no Brasil. Confira:

Rabeca e viola são instrumentos que foram introduzidos no Brasil desde a colonização, e tem ampla utilização nas tradições populares em todo o território brasileiro. Encontrados juntos em diversos conjuntos musicais e folguedos, sua presença na música popular brasileira urbana tem, no entanto, história mais ou menos recente e desenvolvimento independente.

Enquanto a viola acompanhou a ascensão da música caipira no centro-oeste e sudeste e alcançou um público cada vez maior, a rabeca continuou restrita aos folguedos populares rurais, só começando a ser utilizada fora de seu ambiente original nos anos 70.

Recentemente, a rabeca e a viola mais uma vez tiveram sua área de influência expandida através do trabalho inovador de uma nova geração que, a partir dos anos 90, conseguiu, baseada na ligação profunda com suas respectivas tradições regionais, abrir caminho para novos horizontes de utilização destes instrumentos.

No centro-oeste, Roberto Corrêa introduziu a viola no ambiente da música instrumental de concerto, realizando paralelamente um profundo levantamento do repertório tradicional de recursos técnicos e timbrísticos do instrumento. No nordeste, utilizando as técnicas e estilo tradicionais da zona da mata pernambucana, Siba foi um dos primeiros a utilizar rabeca no ambiente da música popular urbana, abrindo caminho para diversos músicos que o sucederam.

Dia 27/11, às 21h.

Ingressos: R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia-entrada).

Auditório Ibirapuera - Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Portão 2 do Parque do Ibirapuera; (11) 3629-1014/1075; www.auditorioibirapuera.com.br

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Amor e Roquenrol

Graveola e Dead Lover's: mistureba da boa

Crédito: Luisa Rabello

Por Silvio Luz

Os belorizontinos das bandas Graveola e o Lixo Polifônico e The Dead Lover's Twisted Heart gostam mesmo é de fazer misturebas bregas, amorosas e polifônicas, sempre com amor e ronk'n'roll. Neste sábado (28/11), os dois grupos se juntam em BH para encerrar o forumdoc.bh.2009, no encontro intitulado Gravelover's. A primeira edição da festa, que aconteceu há um ano, contou com boa recepção do público e deixou um gostinho de quero mais.

Dialogar entre os estilos, que numa primeira audição podem parecer diversos, é o principal motivo desta impactante junção. “De um tempo pra cá, temos aprendido muito com a ‘atitude’ do rock, a energia, e nosso som absorve isso numa outra roupagem”, diz Marcelo, do Graveola. “Rola também uma interseção do público que é muito bacana de perceber. Não são guetos fechados, e o diálogo é totalmente possível e proveitoso”, afirma Guto, do Dead Lover´s.

O slogan Amor e Roquenrol foi escolhido para sintetizar os traços característicos de cada banda: existe uma tendência romântico-brega presente tanto na polifonia do Graveola quanto no rock-rústico dos Deadlover´s, que inclui Roberto e Erasmo Carlos, Odair José, Cauby Peixoto e todos os românticos incompreendidos.

Ouça Graveola e Dead Lover's no MySpace. E clique aqui para conferir um dos teasers do Gravelover's.

Dia 28/11, às 22h.

Entrada: R$ 12,00 (antecipado) e R$ 15,00 (no local).

Odeon Espaço Cultural - Rua Tenente Brito Melo, 254, Barro Preto, Belo Horizonte.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ilú Obá De Min

Sarau Astronômico mistura percussão com telescópios

Crédito: myspace.com/bandafemininadepercussoilobdemin

Por Silvio Luz

Na programação especial do Dia da Consciência Negra o que não falta é dica cultural de qualidade em Sampa. Um dos eventos imperdíveis é o Sarau Astronômico, neste sábado (21/11), às 21h, no Planetário do Parque do Ibirapuera. O público será convidado a observar o céu noturno na cúpula do planetário, enquanto lendas e mitos astronômicos são narrados. Para completar, a banda Ilú Obá De Min, formada apenas por mulheres percussionistas, aquece os tambores e exalta a cultura africana.

O grupo foi formado em 2004 a partir da ideia das pesquisadoras e arte-educadoras Beth Beli e Adriana Aragão, na oficina de toques masculinos e femininos dos orixás. Elas pesquisam há mais de 20 anos as manifestações das culturas de matrizes africanas e afro-brasileiras. A banda é composta por 20 mulheres ritmistas, 4 cantoras e corpo de dança. Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho do bloco de percussão, clique aqui.

Dia 21/11, às 21h.

Entrada franca. Retirar ingresso com 1 hora de antecendência; 290 lugares.

Planetário do Ibirapuera - Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10 do Parque do Ibirapuera para pedestres e portão 03 para estacionamento; (11) 5575-5425.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ponto de Cultura

Quilombaque e CEPODH: semente plantada gera frutos

Perus, zona noroeste de Sampa

Por Silvio Luz

O salão nobre da Secretaria de Cultura de São Paulo estava lotado. As pessoas enchiam todos os cantos do espaço para ouvir o anúncio dos 300 Pontos de Cultura do Estado, na última segunda-feira (16/11). Depois de alguns discursos, veio a ansiedade por ouvir o nosso nome em alto e bom som. A apreensão era tão grande que tremer era inevitável e roer as unhas então, nem se fala. Mas dessa vez não houve engano: o CEPODH e a Comunidade Cultural Quilombaque conquistaram o Ponto de Cultura, com muita comemoração e direito à lágrimas, gritos de euforia e largos sorrisos.

Parabéns a todos que se envolveram no processo de construção deste projeto. Parabéns a todos que estão sempre conosco e compartilham o ideal de mudar o mundo por meio da arte, da cultura e da educação. Perus e região nunca mais serão os mesmos. A palavra REVOLUÇÃO aparece muitas vezes por aqui, mas não há como não perguntar sempre: quer armas melhores do que estas que temos em mãos?

A conquista é mais do que merecida, e não é só nossa. É de todo um bairro, de toda a região noroeste e municípios vizinhos. É de pessoas comprometidas com a transformação de um lugar, de vidas, de pontos de vista. Nossas ideias estão em ebulição, comemorando entusiasticamente a certeza da mudança e da vitória. Viva o Centro Cultural Quilombaque! Viva a todos nós, guerreiros, resistentes, que não deixam os obstáculos ser maiores do que os queremos! Hasta la victoria siempre!

Para conferir a lista dos 300 Pontos de Cultura selecionados, clique aqui. Abaixo segue um poema emocionado de Nado Itaguary, integrante do grupo Amigos da Sandice e presidente do CEPODH:

Um ponto que marcará um ponto,
Um ponto de cultura na gente,
Um ponto de expressão diversificado,
Um ponto de afirmação, antes uma interrogação,
Um ponto de tu e de todos,
Um ponto comum, de comunidade,
Um ponto negro, de raça, de graça, de alegria,
Um ponto que cê pode participar,
Um ponto de encontro, de café, de idéias, de práticas,
Um ponto de paz, de aconchego, de luz,
Um ponto de vai e vem, perto da estação de trem de Perus,
Um ponto de mudanças, de reencontros com nossas raízes culturais,
Um ponto de manifestação do não ser, dos sem nada, dos daqui antes da ponte da marginal,
Um ponto no corpo livre, livre de toda a exploração do capital e da alienação da "indústria cultural",
Um ponto perto de nós, um ponto pra nós, um ponto do Estado de São Paulo, um ponto do Brasil,
Um ponto que vale mais que um quilo, vale um Quilombo, uma Quilombaque, uma resistência, um sonho, uma luta, uma rebeldia,
Um ponto, não um ponto qualquer, um ponto de questionamentos, de perguntas, de criticidade, de democracia, de partilha, de experiências, de solidariedade, de VIDA.

Para conhecer mais sobre o trabalho da Comunidade Cultural Quilombaque, em Perus, clique aqui. E aí vai um aviso: Perus e região nunca mais serão os mesmos, e está de vez no calendário cultural de Sampa!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Banda Gentileza

Curitibanos lançam disco de estreia na terra da garoa

Crédito: myspace.com/bandagentileza

Por Silvio Luz

Sonoridade do Leste Europeu, valsa, música caipira, samba, bolero. Tudo isso costurado pelo velho e bom rock'n'roll. Esta é a receita do sucesso do sexteto curitibano Banda Gentileza, que lança seu primeiro disco, homônimo, neste sábado (14/11), no Espaço + Soma, em Sampa. O grupo ainda vai contar com uma participação para lá de especial, o DJ Plínio Profeta.

Plínio foi o responsável pela produção do disco dos curitibanos e tem grande responsabilidade pelo resultado final. O produtor já foi agraciado com um troféu do Grammy Latino, pelo disco Falange Canibal, de Lenine. Antes do disco de estreia, a Banda Gentileza já havia lançado dois EPs ao vivo por meio do projeto A Grande Garagem que Grava, em 2005 e 2007.

O álbum inédito foi disponibilizado para download gratuito na internet e teve todo o seu processo de gravação divulgado via streaming e pelo diário da banda no site da Agência Alavanca. Banda Gentileza já trabalhou com artistas como Lucas Santtana, Tiê, Pedro Luis e a Parede, Katia B., O Rappa, Pavilhão 9, Xis, Fernanda Abreu, entre outros.

Para ouvir as canções da Banda Gentileza - formada por Artur Lipori (trompete, guitarra, baixo e kazuo), Diego Perin (baixo e concertina), Diogo Fernandes (bateria), Emílio Mercuri (guitarra, violão, viola caipira, ukelelê e voz de apoio), Heitor Humberto (voz, guitarra, violino e cavaquinho) e Tetê Fontoura (saxofone e teclado) -, clique aqui.

Dia 14/11, a partir das 20h.

Ingressos: R$ 10,00.

Espaço + Soma - Rua Fidalga, 98, Vila Madalena; (11) 3034-0515; www.maissoma.com

Remelexo de Dominguinhos

Forró e rastapé: sanfoneiro canta sucessos em Sampa

Crédito: dominguinhos.art.br

Por Silvio Luz

Quem nunca viu uma apresentação ao vivo de Dominguinhos, que dispensa comentários quanto a sua maestria na sanfona, não pode perder esta oportunidade. O músico e compositor chega a São Paulo nesta sexta (13/11) para show na casa Remelexo Brasil, na zona oeste da cidade, acompanhado do Trio Raiz. Ele vai embalar o público com seu forró, cantando os maiores sucessos da carreira.

Discípulo de Luiz Gonzaga, Dominguinhos é considerado hoje um dos mais criativos e talentosos sanfoneiros do país. Sua vocação para a música revelou-se desde muito cedo: com apenas oito anos de idade já tocava e compunha. Pernambucano de Garanhuns, José Domingos de Morais nunca abandonou suas origens e sempre divulgou com muito valor a música nordestina.

Clique aqui para acessar o site oficial de Dominguinhos.

Dia 13/11, a partir das 23h.

Ingressos: inteira (R$ 24,00 homem e R$ 16,00 mulher); flyer/lista (R$ 18,00 homem e R$ 10,00 mulher) e meia-entrada (R$ 12,00 homem e R$ 8,00 mulher).

Remelexo Brasil - Rua Paes Leme, 208, Pinheiros, em frente ao Sesc Pinheiros; (11) 3034-0212; www.remelexobrasil.com.br

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Bonecos gigantes

O Estrangeiro traz Siba, Nação Zumbi e Zeca Baleiro

Crédito: sescsp.org.br/sesc

Por Silvio Luz

O Vale do Anhangabaú, importante cartão postal da cidade de Sampa, vai sediar o evento O Estrangeiro nesta quinta e sexta-feira (12 e 13/11), com entrada franca. Bonecos infláveis gigantes, dos grafiteiros OSGEMEOS, vão ser expostos enquanto as bandas Siba e a Fuloresta e Nação Zumbi e o cantor Zeca Baleiro sobem ao palco montado no meio da praça. A festa faz parte das comemorações do Ano da França no Brasil.

Durante os dois dias, os franceses do grupo Plasticiens Volants vão dar vida ao personagem O Estrangeiro, que foi grafitado por Gustavo e Otávio Pandolfo (OSGEMEOS) em uma parede lateral de um edifício do Vale do Anhangabaú. Comparado às milhares de pessoas que trafegam pelo centro da cidade todos os dias, cada uma com um quê de solidão, a ideia é ensinar os primeiros passos para o boneco gigante, enquanto ele interage com outros personagens: uma mosca, uma serpente e um pássaro.

Siba e a Fuloresta é um grupo de Pernambuco, formado em 2002, que valoriza as raízes nordestinas que estão por toda parte em Recife. Como diz o próprio Siba, "Nunca entendemos nosso passado ou nossas tradições como uma gaiola. Pelo contrário, nossa tradição nos oferece um vasto vocabulário, e nós nos esforçamos para usá-lo todo dia e a noite toda. É impossível reproduzir a maneira como envolvemos toda a comunidade na poesia e nas danças durante a noite toda, mas na hora ou nos 90 minutos que os festivais oferecem temos uma grande oportunidade de mostrar nosso impacto musical". Para ouvir a banda no MySpace, clique aqui.

Dias 12 e 13/11, a partir das 18h.

Quinta - Siba e Nação Zumbi; Sexta - Siba e Zeca Baleiro.

Entrada franca.

Vale do Anhangabaú - centro de São Paulo.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Samba com MPB

Mariana Aydar esquenta Quartas Musicais

Crédito: Nuno Rodrigues/Divulgação

Por Silvio Luz

A cantora Mariana Aydar, elogiadíssima por público e crítica pelos dois discos já lançados - Kavita 1 e Peixes, Pássaros, Pessoas (o mais recente) - sobe ao palco do Teatro das Artes, no Shopping Eldorado, em Sampa, no dia 18/11, dentro do projeto Quartas Musicais Mabe. Ela chega com um repertório bem delineado por sua voz segura e destacada, cantando canções como Zé do Caroço, Kavita 1, Peixes Pássaros Pessoas, Minha Missão, Beleza, entre outras.

Mariana, filha de pais artistas - a mãe, Bia Aydar, produziu muitos artistas brasileiros durante anos, e o pai, Mario Manga, é produtor e multiinstrumentista - se acostumou desde cedo com o palco e os bastidores dele, construindo de forma natural a cantora que hoje se apresenta com uma desenvoltura e carisma ímpares. O elogio de Caetano Veloso para o seu mais recente álbum, que reforça a proeza de passear entre o samba e a MPB com muita originalidade, é apenas um dos indícios de seu talento.

A temporada 2009 do Quartas Musicais Mabe, com show em uma quarta-feira de cada mês, já contou com shows de revelações e consagradas artistas da MPB, como Bruna Caram, Luciana Mello e Luiza Possi. A última apresentação do projeto está marcada para 20 de dezembro.

Clique aqui para ouvir Mariana Aydar no MySpace.

Dia 18/11, às 21h.

Entrada: Platéia (R$ 40,00 a inteira e R$ 20,00 a meia-entrada), Balcão (R$ 30,00 a inteira e R$ 15,00 a meia-entrada).

Tetro das Artes - Avenida Rebouças, 3970, 3º piso do Shopping Eldorado; (11) 2197-7810; www.shoppingeldorado.com.br/lazer_teatro

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mustang Bar

Stela Campos: futurismo e psicodelia

Crédito: myspace.com/stelacampos

Por Silvio Luz


A paulistana Stela Campos lançou recentemente o disco Mustang Bar e está empenhada na divulgação, não só em Sampa, mas também por outras cidades. Neste sábado (14/11), ela se apresenta na Funhouse, com o show que vem impressionando um número cada vez maior de pessoas. No novo trabalho, a cantora e compositora revela um caleidoscópio impactante, que vai do kraut rock às misturas brasileiras, passeando pelo futurismo retrô e pelo folk.

Nos shows, ela é acompanhada pelo guitarrista Clayton Martin (Cidadão Instigado), o baixista Missionário José (Lulina) e o baterista Vini Pardinho. O repertório traz novidades como Two of a Kind, lado B do recém-lançado single Ligia Hello Kitty, disponível no site oficial da cantora.

Nos anos 90, Stela integrou o cultuado projeto de um disco só - Funziona Senza Vapore -, formado por ex-integrantes do Fellini. Também esteve à frente da guitar band Lara Hanouska, reformada em Recife na época que o manguebeat estourava. Durante a longa estadia na cidade, colaborou com os principais nomes da cena, participando, entre outros projetos, da antológica trilha do longa-metragem Baile Perfumado. Mustang Bar é o quarto álbum da cantora que coleciona elogios da crítica à sua discografia: Céu de Brigadeiro (1999), Fim de Semana (2002) e Hotel Continental (2005).

Clique aqui para ouvir Stela Campos no MySpace.

Dia 14/11, às 23h.

Entrada: R$ 10,00 (mulheres) e R$ 15,00 (homens).

Funhouse - Rua Bela Cintra, 567, Consolação; (11) 3259-3793; www.funhouse.com.br

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Singelo e intimista

Elo da Corrente une rap, poesia e amor

Crédito: myspace.com/elodacorrente1

Por Silvio Luz

Quem foi que disse que rap e amor não combinam? O trio paulistano Elo da Corrente mostra que isso é mais do que possível, é necessário. Com uma poesia singela e intimista, o grupo foca suas canções no lirismo do hip hop. Neste sábado (07/11), Caio e Pitzan nos vocais e o DJ PG fazem show no Espaço +Soma, às 20h, em Sampa.

Formado em 2000, o Elo da Corrente só lançou o primeiro disco - Após Algumas Estações - depois de sete anos de carreira. Nesse período de maturação e experimentação, o trio fez muitas parcerias e participou de coletâneas e álbuns de grupos como Ascendência Mista, Paulo Napoli + Most e Munhoz, além de ter integrado o coletivo Rima Rhara.

Essa facilidade em transitar por outros projetos deve-se muito à diversidade que o grupo valoriza nos samples, que abrange jazz, soul, funk e música brasileira. Em 2008, participou de turnê das bandas 3 na Massa, Bodes & Elefantes, Mamelo Sound System e Maquinado. E não conseguem sossegar. Neste ano, os três participaram do projeto Missão de Pesquisas Folclóricas, no Centro Cultural São Paulo. A experiência resume-se na composição de músicas com base em fonogramas captados pelas viagens de Mario de Andrade nos anos 1930.

Para ouvir Elo da Corrente no MySpace, clique aqui.

Dia 07/11, às 20h.

Entrada: R$ 10,00.

Espaço +Soma - Rua Fidalga, 98, Vila Madalena; (11) 3034-0515; www.maissoma.com

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Duofel

Dupla faz pocketshow com repertório dos Beatles

Crédito: myspace.com/duofel

Por Silvio Luz

No lançamento do disco Plays The Beatles, a dupla Duofel, formada pelos músicos Fernando Melo e Luiz Bueno, faz inúmeras reverências ao quarteto que revolucionou a história da música. No pocketshow desta quinta-feira (05/11), na FNAC Paulista, às 19h, com entrada franca, os dois apresentam o melhor da produção musical dos Beatles.

Antigos integrantes da extinta banda de rock progressivo instrumental Boissucanga, Fernando e Luiz, autodidatas, já tocaram em circos, bares, restaurantes, churrascarias e muitos outros lugares, acompanhando cantores. Paralelamente a isso, também integravam o grupo de Tetê Espíndola. Agora, estão firmes e fortes na promoção da sonoridade do novo disco.

Para ouvir o duo no MySpace, clique aqui.

Dia 05/11, às 19h.

Entrada franca.

FNAC Paulista - Avenida Paulista, 901; (11) 2123-2000; www.fnac.com.br

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Jazz e funk de raiz

Funkalleros agita festa no Centro Cultural Consolação

Crédito: myspace.com/funkallerossp

Por Silvio Luz

Formada no início de 2008 por amigos que se encontraram em um curso de música, a banda Funkalleros - nome inspirado em tema do pianista Bill Evans - desfia uma teia bem amarrada de jazz, funk e soul, recheando as canções com muito groove. Esta é uma boa pedida para os fãs de música instrumental. O grupo se apresenta nesta quinta (05/11) no Centro Cultural Popular Consolação, em Sampa, às 23h.

Homenageando nomes como Aretha Frankiln, Michael Jackson, Curtis Mayfield, Erykah Badu, Chaka Khan e Prince, a banda tem em seu repertório músicas do pianista Herbie Hancock, do grupo Tower of Power, dos guitarristas John Scofield e Jeff Beck, do saxofonista Joshua Redman, entre outros. Para ouvir Funkalleros - formado por Marcelo D’Angelo (guitarra), PH Mazilli (baixo), Carlos Contreras (bateria), Marcelo Lemos (guitarra) e Alessa (vocal) - no MySpace, clique aqui.

Na mesma ocasião, a banda SlowFoDa também sobe ao palco do CCPC. Com pouco mais de um ano de estrada, Isabela Fernandez (vocal), André Mota (guitarra), André Henrique (baixo e vocal), Mauricio Caetano (bateria e vocal), Mauricio Fernandes (teclados), Daniel Nogueira (sax tenor, flauta e vocal) e Amilcar Rodrigues (trompete) incluem no set list canções de Amy Winehouse, Erykah Badu, Al Green, RH Factor, Soulive e Michael Jackson. Clique aqui para ouvir no MySpace.

Dia 05/11, às 23h.

Ingresso: R$ 12,00.

Centro Cultural Popular Consolação - Rua da Consolação, 1.897; (11) 2592-3317; www.ccpc.org.br/ccpc

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Choro na faixa

Projeto Choro da Casa homenageia ritmo brasileiro

Crédito: zerui.com.br

Por Silvio Luz

É preciso valorizar os ritmos brasileiros e os novos compositores! Este é o lema do projeto Choro da Casa, do Teatro Coletivo - antigo Teatro Fábrica-, em Sampa. Nesta quarta (04/11), a primeira edição da iniciativa traz um sexteto composto por Felipe Soares (acordeom e piano), Carlinhos Amaral (violão de 7 cordas), Marcel Martins (Cavaquinho) , Diego Baptista (violão de 6 cordas), Pimpa (percussão) e Sérgio Audi (flauta). A entrada é franca e a roda de choro acontece a partir das 21h.

A intenção do projeto é difundir os clássicos do choro, como as canções de Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Valdir Azevedo, revelando também a produção musical menos conhecida desses compositores, além de apresentar os novos talentos do ritmo.

O choro não é, nem de longe, um estilo engessado e simplista. É, na verdade, um universo musical bem rico, contabilizando, desde as suas origens, em meados do século XIX, mais de 70.000 composições. Traduzindo em miúdos: há quase dois séculos uma média de 1 choro é composto a cada 4 horas por compositores brasileiros.

O projeto Choro da Casa vai durar dois meses, com apresentações de diversas rodas de choro, sempre às quartas-feiras. Anote os detalhes aí na agenda:

Dia 04/11, às 21h.

Entrada franca, 130 lugares.

Teatro Coletivo - Rua da Consolação, 1.623; (11) 3255-5922; www.teatrocoletivo.com.br

domingo, 1 de novembro de 2009

78 horas de teatro

Satyrianas traz overdose de teatro, música e cinema

Crédito: Divulgação

Por Silvio Luz

Você paga o quanto puder e assiste o quanto aguentar. O Satyrianas 2009, que acontece na Praça Roosevelt, centro de Sampa, começou na última sexta (30/10) e vai até segunda (02/11), promovendo 78 horas ininterruptas de teatro, música, cinema, dança e artes plásticas. A realização é da Cia. de Teatro Os Satyros, que comemora 20 anos de histórias e apresenta a 10ª edição da festa teatral.

Os Satyros mantêm a forma de pagamento do “ingresso consciente”, deixando que o espectador defina o valor do ingresso, com contribuição mínima de R$2,00 em todas as peças que incluem a programação dos teatros. Já a programação das tendas é totalmente gratuita.

Confira a divisão das quatro tendas do Satyrianas – Uma Saudação à Primavera:

- Dramamix: voltada à nova dramaturgia, autores convidados apresentam peças de até 20 minutos a cada hora;

- Visumix: espaço novo dedicado às artes plásticas, sob curadoria de Fábio Delduque, Jodel Godoy e Patrícia Godoy, com performances ao vivo de artistas de várias gerações;

- Residência: tenda livre onde grupos e diretores convidados ocupam e realizam intervenções e trabalhos;

- Palhaçada Geral na Lona: realizada pelo grupo Parlapatões, traz companhias circenses e suas tradicionais peças de teatro.

Para conferir toda a programação desta edição do Satyrianas e os endereços dos teatros e tendas, clique aqui.