quarta-feira, 6 de maio de 2009

Dando as caras - Transmissor

Grupo mineiro prima por melodias lúdicas

Crédito: myspace.com/transmissor

Por Silvio Luz

Pop, rock, indie e folk. A banda mineira Transmissor sintetiza e põe no mesmo caldeirão musical todos esses estilos, acrescentando personalidade e melodias destacadamente lúdicas. O grupo transmite sua sonoridade há pouco tempo em Belo Horizonte, mas seus integrantes já trilharam caminhos importantes na cidade. Da reunião de quatro rapazes e uma moça, surgiu um som particular, que preza pela qualidade e não quantidade.

No final do mês passado, o Transmissor foi um dos destaques do Festival Conexão Vivo, que aconteceu no parque municipal da capital mineira, revelando e apresentando o que de melhor está sendo produzido no cenário independente de todo o país. Com Leonardo Marques (voz, violão e guitarra), Thiago Corrêa (voz, violão, piano e baixo), Henrique Matheus (guitarra, violão e cavaco), Jennifer Souza (voz, guitarra e ukelelê) e Pedro Hamdan (bateria), a banda já tem um disco lançado. Sociedade do Crivo Mútuo saiu pelo selo Ultra Music, no segundo semestre do ano passado.

Trocando ideias

Na entrevista exclusiva com o vocalista Leonardo Marques, ele falou sobre o cenário musical de BH, os projetos da banda, autenticidade, festivais indenpendentes, entre outros assuntos. Confira:

Por que Transmissor? O nome tem alguma história?

Leonardo Marques - Ainda quando morava em Los Angeles trabalhando com a banda Udora, da qual não faço mais parte, eu já pensava em criar meu projeto e estava pensando em nomes. Transmissor veio em minha cabeça um dia, meio que do nada. E acabou que gostei e o Thiago também. Acho que é um nome que pode ter várias interpretações. Para mim significa fazer música e deixar ela se espalhar pelo mundo através dos vários meios de comunicação que temos acesso hoje em dia.

A definição folk rock/indie é a melhor definição para o som da banda? Como isso se traduz efetivamente na produção musical do Transmissor?

Leonardo Marques - Acho que rotular a própria música é sempre complicado. Essa definição de folk rock vem mais no sentido de que fazemos canções que podem ser tocadas no violão com muita naturalidade, sem muitos riffs e coisas do tipo. E acho que o termo indie vem bastante das influências estéticas de rock, como bandas indies que gostamos, tipo Wilco, Feist, Dr. Dog e Broken Social Scene.

Quais os frutos que já colheram com Sociedade do Crivo Mútuo, primeiro álbum de vocês, e o que ainda pretendem trilhar com este disco?

Leonardo Marques - Colhemos vários frutos. Fizemos festivais importantes da cena independente brasileira, assinamos com um selo muito bacana, o Ultra Music, e o mais importante pra todos nós: nossa música parece que atingiu muita gente de um jeito muito legal. Os shows estão se tornando uma grande experiência, com muita gente cantando as músicas junto com a gente. Isso está sendo nossa maior alegria.

Conte um pouco sobre a experiência musical de cada integrante e como foi esse encontro que resultou na formação da banda?

Leonardo Marques - Eu e o Thiago Corrêa fazíamos parte de uma banda chamada Diesel, que foi bem importante na cena independente de Belo Horizonte no fim dos anos 90. Até levamos esse trabalho para Los Angeles, onde ficamos mais de cinco anos. A Jennifer Souza já vem participando da cena independente com o grupo Cinza, e o Henrique Matheus já teve várias bandas e é produtor musical e guitarrista.

Apesar de estar localizado no Sudeste - onde os olhares se concentram, para o bem ou para o mal - Minas Gerais não é um estado sempre lembrado quando se fala de produção musical independente atual. Como é o cenário hoje em Belo Horizonte?

Leonardo Marques - Aos meus olhos, o cénario está muito legal. Tem muita gente fazendo um trabalho bacana, como o Dead Lover's Twisted Heart, que é uma banda super conceitual e fantástica de se ver ao vivo. Também temos o Festival Outrorock, que ainda vai crescer muito, e o coletivo Pegada vem mostrando um trabalho sério e de grande valor para a cena local.

Como conseguir se destacar com a autenticidade numa época de 'mais do mesmo'?

Leonardo Marques - Eu acho que, nesse caso, não pensamos muito. Queríamos fazer nossas músicas e gravar um disco. Gostamos de fazer tudo com muito carinho e acho que o público está se identificando com as músicas.

Como está a agenda do Transmissor, além da participação no Festival Conexão Vivo, em Belo Horizonte, no final do mês passado?

Leonardo Marques - Agora a agenda vai começar a ficar mais cheia. Nos próximos meses estamos fechando para ir para o Rio e São Paulo. Também vamos fazer shows em Montes Claros de novo e Juiz de Fora.

Falando no Conexão Vivo, a banda acredita que hoje os festivais independentes estão bem mais organizados e, por isso, novas bandas estão despontando mais no cenário nacional?

Leonardo Marques - Os festivais estão ficando cada vez melhores sim. Com certeza ajuda muito a visibilidade para as bandas novas.

Para conferir canções do Transmissor, acesse a página pessoal da banda no MySpace.

4 comentários:

  1. velho foda a entrevista...ja acompanho o transmissor a algum tempo e vejo eles como a melhor banda independente de bh. e a cena aqui esta cada vez melhor..que continue assim.....

    agora o leo ter saido do udora foi supresa.....

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  2. parabens pela entrevista! Transmissor realmente é a melhor banda independente no cenario de bh e acho dificil aparecer uma que me cative tanto. Acompanho Transmissor ja faz um tempo, e sem sombra de duvidas foi uma das melhoras coisas que me aconteceu nesses ultimos tempos.
    Quanto a saida do Leo da Udora, eu ja previa. Acho que a Udora não é muito a cara do Leo.
    Mais uma vez parabens pela entrevista e Viva a Música Independente!

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  3. Cara...nda mlehor do que a cena independente, e de modo especial a belorizontina (adoro essa cidade)...Adoro Tranmissor e tenho q falar q o show deles na conexão foi mto perfeito, a qualidade estava incomparavel.

    \o/

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  4. realmente o som do Transmissor está melhor do que o Udora em Português, estamos aguardando um show aqui no Rio de Janeiro!

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