quinta-feira, 30 de julho de 2009

Dando as caras - Júlia Says

Pernambucanos brincam com rótulos e identidades

Crédito: Andrea Moura/Divulgação

Por Silvio Luz

Já virou clichê dizer que Recife é uma das cidades brasileiras com maior efervescência cultural, sobretudo na música. A dupla Júlia Says é mais um bom exemplo disso. Formado em agosto de 2007 por Pauliño Nunes e Anthony Diego, o projeto não dá a mínima para rótulos e transita com liberdade por várias vertentes da música, com autenticidade contundente.

A dupla, revelação do Rec-Beat de 2008 - importante festival pernambucano - utiliza riffs de guitarra, bateria e programação eletrônica para criar sonoridades. As letras também chamam a atenção pela força semântica e pela pouca pretensão de transmitir mensagens que representem algo, como nos versos "Ele não tem nome, ele é apenas um suicida. Ele matou três pessoas. Ele matou a si mesmo", da música Mohammed Saksak.

O nome da banda foi inspirado no livro A Casa das Idéias, de Pedro Veludo, que pode ser resumido no seguinte trecho: "Há muito tempo Júlia tinha vontade de escrever um livro, inventar uma história, mas... achava que não tinha ideias. Às vezes ficava rabiscando no papel, mas nada! Nem o comecinho sequer! Ela só não queria que o seu livro começasse com 'Era uma vez... ' e terminasse com '... casaram e foram felizes para sempre'".

No final de agosto (27/08), Júlia Says toca no CCPC (Centro Cultural Popular Consolação), em Sampa, dentro do projeto Conexões Musicais.

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