O Homem que Engarrafava Nuvens: ritmo revisitado
Por Silvio Luz
Os filmes que abarcam a temática da música brasileira estão cada vez mais frequentes nas telonas do país inteiro. E tomara que essa fase não vire mais um clichê do cinema nacional. A novidade é o filme O Homem que Engarrafava Nuvens, que conta a história do baião, ritmo nordestino sempre associado a Luiz Gonzaga, mas que teve Humberto Teixeira como precursor.
O documentário acompanha a filha do músico, compositor e advogado - profissão que utilizou para defender os direitos autorais na indústria fonográfica -, Denise Dummont, em uma viagem para entender mais a obra e os feitos de Teixeira. Considerado o Doutor do Baião, o compositor sempre se preocupou em divulgar o ritmo por diversos países, valorizando e exportando a cultura popular brasileira.
Canções clássicas como Adeus Maria Fulô e Asa Branca, a segunda música mais popular do Brasil, são alguns exemplos de sua contribuição generosa para nossa música. O filme narra a história de Teixeira do estrelato na década de 50 - quando Luiz Gonzaga imortalizou muitas de suas músicas - até a derrocada com o surgimento da Bossa Nova. Nessa época, o seu baião era lembrado apenas em ocasiões de protesto à ditadura militar de 64.
Dirigido pelo pernambucano radicado no Rio de Janeiro, Lírio Ferreira - o mesmo diretor de Árido Movie, Baile Perfumado e Cartola -, O Homem que Engarrafava Nuvens tem estreia nacional marcada para 15 de janeiro de 2010. O documentário ganhou os prêmios de melhor roteiro, melhor som e ainda o prêmio Oscarito, da Câmara Municipal de Fortaleza, no 19º Cine Ceará, em julho deste ano.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Doutor do Baião
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