Guitarrista exalta Miles Davis com autenticidade
Por Silvio Luz
O guitarrista Junior Boca já trabalhou com nomes como 3namassa, Thalma de Freitas, Guizado, Otto e Maquinado, só para ficar em alguns exemplos, e apresenta nesta terça-feira (31/03) toda essa versatilidade e talento jazzístico no Clube Berlin, em São Paulo, a partir das 21h. No show - que faz parte do projeto Jazz Nights, já famoso na casa -, o cearense de coração paulistano vai evocar o mais lendário disco de jazz de todos os tempos, Kind Of Blue, de Miles Davis, na incursão musical montada por ele e alguns companheiros chamada Psycho Jazz.
No ano em que se completa cinco décadas de lançamento do ilustre álbum - que chegou ao conhecimento do mundo em 17 de agosto de 1959 -, Junior Boca presta esta singela homenagem a um de seus grandes ídolos. Com o disco de seis faixas, quase todas com mais de nove minutos de duração, Miles Davis foi alçado de uma vez por todas à categoria de gênios da música universal. Kind Of Blue é considerado hoje como influência respeitável não só para o que veio depois no jazz, mas também para outras vertentes musicais.
Com discotecagem do DJ Waltinho incendiando o ambiente com grooves e jazz de sobra, Junior Boca se apresenta ao lado de Marcelo Cabral (baixo acústico), Dustan Gallas (teclados) e Pedro Ito (bateria), que o acompanham na dissecação da obra clássica de Davis, ainda atualíssima mesmo depois de cinquenta anos.
Clique aqui para ouvir Junior Boca no MySpace e aqui para assistir a uma apresentação da Psycho Jazz.
Dia 31/03, a partir das 21h.
Entrada: R$ 12,00 (quem entrar até a meia-noite leva uma Original 600ml na faixa!)
Clube Berlin - Rua Cônego Vicente Miguel Marino, 85, Barra Funda; (11) 3392-4594; www.clubeberlin.com.br
terça-feira, 31 de março de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
Quem Quer Ser Um Milionário?
Vencedor do Oscar tem trilha inabalável
Por Silvio Luz
Acompanhando as cenas velozes e sensivelmente humanas, a trilha sonora do filme Quem Quer Ser Um Milionário? (Slumdog Millionare), lançada recentemente no Brasil, cumpre o seu papel e não sai da linha em nenhum momento, preenchendo cada ângulo e olhar com emoção e contundência dignas de uma grande película como esta. Não foi à toa que ganhou oito estatuetas no Oscar deste ano, incluindo melhor canção original (Jai Ho) e melhor trilha sonora.
E para quem pensa que as músicas do filme seguem o repertório da novela global, tão repetitivo e cansativo, engana-se. O Milionário caminha por outros becos e vielas de Mumbai, dando espaço à constância das batidas eletrônicas temperadas de ritmos e vocais característicos da Índia. É quase impossível não se animar com o balanço dançante que impregna o ambiente.
A trilha, com 13 faixas, já é facilmente encontrada para download na internet, como já se tornou comum. Apesar de ser um álbum bem arranjado e completo, algumas canções se destacam, entre elas Paper Planes e O... Saya, ambas interpretadas pela anglo-cingalesa M.I.A. Lembrando que a trilha sonora foi produzida por A.R Rahman.
Veja abaixo a música Paper Planes, de M.I.A.
Por Silvio Luz
Acompanhando as cenas velozes e sensivelmente humanas, a trilha sonora do filme Quem Quer Ser Um Milionário? (Slumdog Millionare), lançada recentemente no Brasil, cumpre o seu papel e não sai da linha em nenhum momento, preenchendo cada ângulo e olhar com emoção e contundência dignas de uma grande película como esta. Não foi à toa que ganhou oito estatuetas no Oscar deste ano, incluindo melhor canção original (Jai Ho) e melhor trilha sonora.
E para quem pensa que as músicas do filme seguem o repertório da novela global, tão repetitivo e cansativo, engana-se. O Milionário caminha por outros becos e vielas de Mumbai, dando espaço à constância das batidas eletrônicas temperadas de ritmos e vocais característicos da Índia. É quase impossível não se animar com o balanço dançante que impregna o ambiente.
A trilha, com 13 faixas, já é facilmente encontrada para download na internet, como já se tornou comum. Apesar de ser um álbum bem arranjado e completo, algumas canções se destacam, entre elas Paper Planes e O... Saya, ambas interpretadas pela anglo-cingalesa M.I.A. Lembrando que a trilha sonora foi produzida por A.R Rahman.
Veja abaixo a música Paper Planes, de M.I.A.
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domingo, 29 de março de 2009
Dica domingueira - Fossil
Sonoridade dos cearenses transporta ouvinte
Por Silvio Luz
Para quem gosta de post-rock, uma definição musical usada para o som de bandas como Mogwai, Explosions In The Sky e Goodspeed You! Black Emperor, provavelmente vai gostar da sonoridade criada pelo quarteto cearense Fossil, que desponta na cena musical de Fortaleza desde 2004 e participa de diversos festivais de música independente pelo país. O grupo é mais um (bom) representante da atual música instrumental brasileira, que ganha cada vez mais olhares curiosos. No dia 8 de abril, o Fossil sobe ao palco do Studio SP, dentro da programação do projeto Cedo & Sentado, com entrada gratuita.
Construindo intensos e desabalados climas e texturas, a banda - formada por Vitor Colares (guitarra, violão e texturas), Eric Barbosa (guitarra e violão), Victor Bluhm (bateria e percussão) e Daniel Ajudante (baixo e texturas) - vai desenrolando uma intrincada teia de lembranças e paisagens sonoras, sem perder a mão no objetivo de experimentar e dialogar por meio da música.
Com dois EPs já lançados - Desconforto 2004 (Peligro Discos/Openfield Records) e Walkmachine 2006 (Amplitude) -, o Fossil entregou ao público, no meio do ano passado, o primeiro álbum da carreira, intitulado Insônia - La Movimentacion Musicale Intermezzo Minimal, também pelo selo Amplitude.
Clique aqui para conferir algumas músicas "viajantes" da banda no MySpace.
São Paulo
Dia 08/04, às 21h.
Entrada Franca.
Studio SP - Rua Augusta, 591; (11) 3129-7040; www.studiosp.org
Por Silvio Luz
Para quem gosta de post-rock, uma definição musical usada para o som de bandas como Mogwai, Explosions In The Sky e Goodspeed You! Black Emperor, provavelmente vai gostar da sonoridade criada pelo quarteto cearense Fossil, que desponta na cena musical de Fortaleza desde 2004 e participa de diversos festivais de música independente pelo país. O grupo é mais um (bom) representante da atual música instrumental brasileira, que ganha cada vez mais olhares curiosos. No dia 8 de abril, o Fossil sobe ao palco do Studio SP, dentro da programação do projeto Cedo & Sentado, com entrada gratuita.
Construindo intensos e desabalados climas e texturas, a banda - formada por Vitor Colares (guitarra, violão e texturas), Eric Barbosa (guitarra e violão), Victor Bluhm (bateria e percussão) e Daniel Ajudante (baixo e texturas) - vai desenrolando uma intrincada teia de lembranças e paisagens sonoras, sem perder a mão no objetivo de experimentar e dialogar por meio da música.
Com dois EPs já lançados - Desconforto 2004 (Peligro Discos/Openfield Records) e Walkmachine 2006 (Amplitude) -, o Fossil entregou ao público, no meio do ano passado, o primeiro álbum da carreira, intitulado Insônia - La Movimentacion Musicale Intermezzo Minimal, também pelo selo Amplitude.
Clique aqui para conferir algumas músicas "viajantes" da banda no MySpace.
São Paulo
Dia 08/04, às 21h.
Entrada Franca.
Studio SP - Rua Augusta, 591; (11) 3129-7040; www.studiosp.org
sábado, 28 de março de 2009
Desmusificando - Battle For The Sun
Placebo está lutando para o Sol
Por Silvio Luz
O novo single dos britânicos foi lançado há quase duas semanas na rádio da BBC e, logo em seguida, liberado para download gratuito no site oficial. Battle For The Sun é a primeira música de trabalho do álbum homônimo, que deve ser lançado no começo de junho no Reino Unido. Para baixá-la é só acessar o PlaceboWorld e fazer um rápido cadastro.
O disco de inéditas traz a nova formação da banda, já com o baterista Steve Forrest, e contou com a produção de David Bottrill, responsável por álbuns do Muse e Silverchair, entre outros grupos. Depois de 12 anos ligado à gravadora EMI, esta é também a estreia do Placebo com o selo independente PIAS (Play it Again Sam).
Battle For The Sun
Buscando uma batida mais pesada, a música consegue se desenvolver numa leveza impressionante nos primeiros segundos até chegar à explosão que sugere o título da canção, acompanhada dos vocais de Brian Molko, ora urgentes, ora indulgentes. A contar pela destacada bateria, parece que o estreante Forrest dá conta do recado para os padrões do Placebo. A canção em si não chega a surpreender, mas desperta uma curiosidade para ouvir o restante das músicas do disco.
De acordo com o Brian, o álbum terá uma linearidade e contará uma história que poderá ser compreendida a partir da audição de todas as faixas, que tiveram seus nomes divulgados nesta semana. São elas: Kitty Litter, Ashtray Heart, Battle For The Sun, For What It's Worth, Devil In The Details, Bright Lights, Speak in Tongues, The Never-ending Why, Julien, Happy You're Gone, Breathe Underwater, Come Undone e Kings Of Medicine.
A edição limitada de um box de luxo do álbum - com CD ao vivo e DVD com registro do show feito no ano passado no templo Angkor Wat, no Camboja, além de vinil e dois livros - está em pré-venda no site oficial da banda. As primeiras 500 cópias serão autografadas pelos integrantes.
Clique aqui para visitar o site oficial do Placebo e baixar Battle For The Sun.
Por Silvio Luz
O novo single dos britânicos foi lançado há quase duas semanas na rádio da BBC e, logo em seguida, liberado para download gratuito no site oficial. Battle For The Sun é a primeira música de trabalho do álbum homônimo, que deve ser lançado no começo de junho no Reino Unido. Para baixá-la é só acessar o PlaceboWorld e fazer um rápido cadastro.
O disco de inéditas traz a nova formação da banda, já com o baterista Steve Forrest, e contou com a produção de David Bottrill, responsável por álbuns do Muse e Silverchair, entre outros grupos. Depois de 12 anos ligado à gravadora EMI, esta é também a estreia do Placebo com o selo independente PIAS (Play it Again Sam).
Battle For The Sun
Buscando uma batida mais pesada, a música consegue se desenvolver numa leveza impressionante nos primeiros segundos até chegar à explosão que sugere o título da canção, acompanhada dos vocais de Brian Molko, ora urgentes, ora indulgentes. A contar pela destacada bateria, parece que o estreante Forrest dá conta do recado para os padrões do Placebo. A canção em si não chega a surpreender, mas desperta uma curiosidade para ouvir o restante das músicas do disco.
De acordo com o Brian, o álbum terá uma linearidade e contará uma história que poderá ser compreendida a partir da audição de todas as faixas, que tiveram seus nomes divulgados nesta semana. São elas: Kitty Litter, Ashtray Heart, Battle For The Sun, For What It's Worth, Devil In The Details, Bright Lights, Speak in Tongues, The Never-ending Why, Julien, Happy You're Gone, Breathe Underwater, Come Undone e Kings Of Medicine.
A edição limitada de um box de luxo do álbum - com CD ao vivo e DVD com registro do show feito no ano passado no templo Angkor Wat, no Camboja, além de vinil e dois livros - está em pré-venda no site oficial da banda. As primeiras 500 cópias serão autografadas pelos integrantes.
Clique aqui para visitar o site oficial do Placebo e baixar Battle For The Sun.
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sexta-feira, 27 de março de 2009
Dando as caras - Trovadores de Bordel
Devaneios e loucuras em um mundo bem louco
Por Silvio Luz
"Imagine uma mistura de melodias de tango, bolero, chorinho, mariachis e até samba com uma estrutura de rock 70’s... Agora piore a situação cantando, em português, letras sobre prostitutas, amigos safados, drogas em geral, arrumar dinheiro, doenças venéreas...". Este é apenas o começo da descrição da receita encontrada para construir a identidade da banda paulistana Trovadores de Bordel, nome que já diz muita coisa. O fato é que a banda liderada por Geléia, ex-baixista da banda Gasolines, se destaca pela bela mistura de sons, que vão de tango a punk rock, com espaço até para a literatura de Bukowski. A experimentação não poderia dar outro resultado: rock desbocado e de qualidade. O próximo show dos Trovadores acontece no dia 11/04, na FunHouse, em Sampa.
Sem papas na língua e sem "não me toques" nas palavras, os versos de cada música parecem ter sido construídos perfeitamente para cada arranjo e batida. Com trompete despreocupado e bateria pulsante, além dos vocais que impõem poder e poesia ao mesmo tempo, a música Louca Puritana é um dos destaques das canções disponíveis para audição no MySpace da banda. Clique aqui para ouvir outras.
"Os Malditos Trovadores de Bordel não se parecem com nada! Vivo ou morto, na verdade é uma grande brincadeira. Realmente essa mistura de ritmos latinos com rock, a temática junkie das letras, somado a atitude de palco, além de trompetes com guitarra pesada, dois vocalistas como no rap, tudo isso é dificil de achar igual", resumem na página do MySpace. No entanto, na temática das letras lembram, de longe, os veteranos da banda Velhas Virgens.
Só para dar mais um destaque para as letras ácidas e desabridas, leia um trecho da música Maldita Farinha: "Maldita farinha que me causa depressão/Invade minhas veias como você meu coração/Destrói minhas narinas e me força a mentir/Posso perder você mas só por hoje vou curtir".
O Trovadores de Bordel é formado por Chris Canalha Borges (guitarra), Samuel El Frade Loco (bateria), Douglas El Tio Xammã (vocal), Miro El Maldito Dantas (baixo), Leandro Pó (trompete e vocal) e Marcos Siempre Ri (trompete), além de Geléia El Hijo de Puta nos vocais. Esclarecimento: os codinomes são de responsabilidade de seus autores.
Dia 11/04, a partir das 23h.
Entrada: R$ 10,00.
FunHouse - Rua Bela Cintra, 567, Consolação; (11) 3259-3793/3151-4530; www.funhouse.com.br
Por Silvio Luz
"Imagine uma mistura de melodias de tango, bolero, chorinho, mariachis e até samba com uma estrutura de rock 70’s... Agora piore a situação cantando, em português, letras sobre prostitutas, amigos safados, drogas em geral, arrumar dinheiro, doenças venéreas...". Este é apenas o começo da descrição da receita encontrada para construir a identidade da banda paulistana Trovadores de Bordel, nome que já diz muita coisa. O fato é que a banda liderada por Geléia, ex-baixista da banda Gasolines, se destaca pela bela mistura de sons, que vão de tango a punk rock, com espaço até para a literatura de Bukowski. A experimentação não poderia dar outro resultado: rock desbocado e de qualidade. O próximo show dos Trovadores acontece no dia 11/04, na FunHouse, em Sampa.
Sem papas na língua e sem "não me toques" nas palavras, os versos de cada música parecem ter sido construídos perfeitamente para cada arranjo e batida. Com trompete despreocupado e bateria pulsante, além dos vocais que impõem poder e poesia ao mesmo tempo, a música Louca Puritana é um dos destaques das canções disponíveis para audição no MySpace da banda. Clique aqui para ouvir outras.
"Os Malditos Trovadores de Bordel não se parecem com nada! Vivo ou morto, na verdade é uma grande brincadeira. Realmente essa mistura de ritmos latinos com rock, a temática junkie das letras, somado a atitude de palco, além de trompetes com guitarra pesada, dois vocalistas como no rap, tudo isso é dificil de achar igual", resumem na página do MySpace. No entanto, na temática das letras lembram, de longe, os veteranos da banda Velhas Virgens.
Só para dar mais um destaque para as letras ácidas e desabridas, leia um trecho da música Maldita Farinha: "Maldita farinha que me causa depressão/Invade minhas veias como você meu coração/Destrói minhas narinas e me força a mentir/Posso perder você mas só por hoje vou curtir".
O Trovadores de Bordel é formado por Chris Canalha Borges (guitarra), Samuel El Frade Loco (bateria), Douglas El Tio Xammã (vocal), Miro El Maldito Dantas (baixo), Leandro Pó (trompete e vocal) e Marcos Siempre Ri (trompete), além de Geléia El Hijo de Puta nos vocais. Esclarecimento: os codinomes são de responsabilidade de seus autores.
Dia 11/04, a partir das 23h.
Entrada: R$ 10,00.
FunHouse - Rua Bela Cintra, 567, Consolação; (11) 3259-3793/3151-4530; www.funhouse.com.br
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quinta-feira, 26 de março de 2009
Dando as caras – Banda Cine
Quatro garotos sintetizam cores e alegria
Crédito: popscene.blogsome.com
Por Silvio Luz
Ela pode ser confundida com uma boyband tupiniquim, a contar pelos quatro rostos juvenis dos garotos que a formam, mas o que a banda Cine faz mesmo é misturar batidas eletrônicas com três vertentes do rock: o folk rock, o rock alternativo e o rock propriamente dito. Estes são os elementos necessários para se fazer o som intitulado Powerpop, conceito que marcou a música nos anos 60 e que contribuiu para a definição do synthpop e seus sintetizadores na década de 80. Pois é isso que o grupo paulistano, formado em 2007, inclui em cada acorde de suas canções, com o lema “somos o que nos fazem ser”.
Com vocais de Diego Silveira (Dh), guitarra e programações de Danilo Valbusa (Dan), bateria e backing vocal de David Casali, e baixo e backing vocal de Bruno Prado, a banda ainda busca um lugar ao sol na disputada cena independente da cidade. E parece estar se dando bem na procura. No final de maio, a Cine participa da abertura dos shows dos norte-americanos do McFly, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Influenciada por A-ha, Daft Punk, Beatles, Blink 182 e Hellogoodbye, a Cine desperta visões caleidoscópicas com suas cores e sabores musicais enraizada nos sintetizadores e guitarras eufóricos e insanos. Com um primeiro disco já lançado, o 80s, os garotos mostram que é possível se divertir mesmo quando sobem em um palco para trabalhar. Não à toa, produziram recentemente o videoclipe da música Dance e Não Se Canse, uma das canções já conhecida pelos festivais undergrounds de Sampa e de outras regiões do país.
Para ouvir algumas músicas da Cine, acesse a página pessoal da banda no MySpace.
Ela pode ser confundida com uma boyband tupiniquim, a contar pelos quatro rostos juvenis dos garotos que a formam, mas o que a banda Cine faz mesmo é misturar batidas eletrônicas com três vertentes do rock: o folk rock, o rock alternativo e o rock propriamente dito. Estes são os elementos necessários para se fazer o som intitulado Powerpop, conceito que marcou a música nos anos 60 e que contribuiu para a definição do synthpop e seus sintetizadores na década de 80. Pois é isso que o grupo paulistano, formado em 2007, inclui em cada acorde de suas canções, com o lema “somos o que nos fazem ser”.
Com vocais de Diego Silveira (Dh), guitarra e programações de Danilo Valbusa (Dan), bateria e backing vocal de David Casali, e baixo e backing vocal de Bruno Prado, a banda ainda busca um lugar ao sol na disputada cena independente da cidade. E parece estar se dando bem na procura. No final de maio, a Cine participa da abertura dos shows dos norte-americanos do McFly, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Influenciada por A-ha, Daft Punk, Beatles, Blink 182 e Hellogoodbye, a Cine desperta visões caleidoscópicas com suas cores e sabores musicais enraizada nos sintetizadores e guitarras eufóricos e insanos. Com um primeiro disco já lançado, o 80s, os garotos mostram que é possível se divertir mesmo quando sobem em um palco para trabalhar. Não à toa, produziram recentemente o videoclipe da música Dance e Não Se Canse, uma das canções já conhecida pelos festivais undergrounds de Sampa e de outras regiões do país.
Para ouvir algumas músicas da Cine, acesse a página pessoal da banda no MySpace.
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quarta-feira, 25 de março de 2009
ENTREVISTA - Marcelo Camelo
“A música baiana sempre me influenciou muito”
Por Silvio LuzDepois de participar do retorno excepcional do Los Hermanos no festival Just a Fest, Marcelo Camelo quer mesmo é seguir divulgando seu primeiro disco solo, Sou. Prova disso é que no próximo dia 03/04, o cantor e compositor grava um DVD especial na Bahia, com a jovem Mallu Magalhães como convidada especial mais uma vez. A cantora vai dividir os vocais com o músico na canção Janta, a mesma parceria que está presente no álbum. “Quero fazer um DVD ensolarado no sentido figurado da palavra. Feliz. E a Bahia faz isso com a música e com a alma da gente”, diz Camelo.
As canções do show intimista no palco da Concha Acústica do Teatro Castro Alves serão gravadas para o programa Sua Nota é Um Show, das secretarias de Cultura e Fazenda do Estado da Bahia, que dá acesso ao evento para quem apresentar dez notas fiscais. Ao contrário do que foi divulgado nos últimos dias, Dominguinhos não participa da gravação.
E a agenda de Marcelo Camelo não fica só nisso. Além dos dois shows no Sesc Pinheiros, em São Paulo, nesta quinta e sexta (26 e 27/03) - com ingressos esgotados há algumas semanas -, o cantor vai fazer uma turnê pelo nordeste em abril, visitando capitais como Salvador, Aracaju, Fortaleza, Natal e João Pessoa, encerrando, inclusive, o Festival Abril Pro Rock, em Recife.
OrquestraYouTube e Ivete
E os voos de Camelo não se restringem somente ao mercado fonográfico. No começo de março ele lançou em Araraquara, interior de São Paulo, o projeto OrquestraYouTube, no qual compõe músicas a partir de vídeos do portal, deixando de lado a guitarra, o baixo e a bateria. Em maio, outra apresentação desse novo lado do cantor será feita em Curitiba. Clique aqui para conhecer o projeto.
E, para completar, o músico dá as caras no novo CD e DVD de Ivete Sangalo, de quem é fã declarado. A participação no CD poderá ser conferida já em abril, e no DVD, em maio.
Na entrevista abaixo, Marcelo Camelo falou sobre o processo de composição, as expectativas para sua carreira solo, gravação do DVD na Bahia e mercado fonográfico, entre outros assuntos. Confira:
Como é compor músicas para outros artistas? O processo muda quando está compondo para uma cantora ou cantor específico?
Marcelo Camelo - Eu faço isso muito pouco. Muito pouco mesmo. Acho que fiz apenas três vezes. Acontece muito de eu imaginar uma pessoa cantando a música e fazer, mas sem contar para ninguém. Ajuda um pouco a fazer música isso de imaginar alguém cantando.
Projetos solos nunca são projetos de uma pessoa só, também há outros músicos por trás dando uma base. Como é o relacionamento com os músicos do seu disco Sou?
Marcelo Camelo - Sobre os que gravaram comigo é difícil dizer assim, como um todo. Foram muitas pessoas e de relações muito variadas. Algumas das quais eu não me recordaria o nome de cabeça e outras que frequentam minha casa regularmente. A relação com os Hurtmold e o Rob Mazurek, que viajam comigo na turnê, é ótima. De amizade.
Fale um pouco sobre a gravação do primeiro DVD de sua carreira solo, que acontece em Salvador, no mês que vem? Terão músicas inéditas? Quais serão as participações especiais?
Marcelo Camelo - Será o mesmo do show que estamos fazendo há um ano. Baseado no repertório do meu disco. É bastante dinâmico. A gente vai do violão mais silencioso e detalhado até o barulho bem alto na livre improvisação. E toco minhas músicas mais recentes e algumas poucas mais antigas, Santa Chuva, por exemplo. E às vezes toco algumas dos Hermanos. Acho que quero um DVD ensolarado no sentido figurado da palavra. Feliz. E a Bahia faz isso com a música e com a alma da gente. A Concha Acústica é um lugar fabuloso e os shows lá são sempre memoráveis. E também tem a música da Bahia que sempre me influenciou muito, muito mesmo. Então é uma escolha que reúne estes fatores todos.
Acredita que o mercado fonográfico está falido e que a internet é o futuro da música?
Marcelo Camelo - O disco é uma idéia boa. A gente não tem o hábito de abandonar idéias boas. A internet deve até favorecer a manutenção das idéias boas.
Quais músicos e compositores da nova geração brasileira você pode destacar como notáveis?
Marcelo Camelo - Compondo canções eu gosto muito da Mallu [Magalhães], da Vanessa da Mata e do Ruivo. Gosto muito também dos Hurtmold, do Cidadão Instigado e do Mombojó.
Durante todo o ano você vai continuar divulgando seu primeiro CD solo ou já tem canções novas prontas para produzir um novo álbum?
Marcelo Camelo - Eu tenho feito algumas músicas, mas o disco acontece melhor se não fizer força. Pensei em ir até agosto, mas não dá para planejar. Achei agosto um mês com cara de final de turnê, mas vai saber. Então o melhor que tenho a fazer é seguir até onde eu acho legal viajar e depois esperar pelo próximo repertório. Esperar vivendo.
Clique aqui para ouvir Marcelo Camelo no MySpace.
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